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Dualidade da Vida

Determínio, um jovem que vive muito contente com o seu dia - a - dia, tinha uma vida muito feliz o seu mundo dentro de padrões rígidos bem estabelecidos, sendo um estudioso de filosofia, agnóstico e evolucionista roxo, tinha sempre fortes argumentos para combater aqueles que se opunham as suas teorias principalmente a evolução. Costumava usar o jargão “tudo está evoluindo” em seu cercado determinístico tudo estava dentro de sua margem de segurança, cunhou pilares fortes para toda sua filosofia de vida, que felicidade! Um belo dia Determino foi a uma feira de livro, lá deparou-se com um religioso, como sempre ele muito certo da sua maneira de pensar, começo a altercar suas teorias com aquele que defendia a fé. Dentre muitas questões bem estabelecidas por ele estava a ideia de que o Deus da Bíblia cristã seria algo inconcebível e que se tal “Deus” existisse seria o culpado de toda a ruína e desgraça que ocorre com a humanidade! Postulou, o altaneiro e irretocável filosofo. Depois de muita discussão e como se fosse para dar um cheque mate no inoportuno crente, propôs a seguinte questão. “Se Deus criou o homem e sabia que ele ia cair e sabendo disso, devido ao Deus cristão ser uni ciente, não fez nada. Então deus certamente é culpado! Ele Comparou este fato como se você vendo um cego dirigindo-se para um buraco na rua e não o avisa do buraco e o cego cai no buraco, a pessoa que não avisou certamente é o culpada da queda do cego no tal buraco. Portanto tal como Deus essa pessoa seria culpada!
O pobre crente se viu em uma situação um tanto constrangedora diante de um argumento tão elaborado pelo nosso intelectual e irreverente Filosofo. Porém, na ocasião estava passando um estudante da área de Ciências Exatas chamado de João Quantum que depois de ouvir o argumento do filosofo fez as seguintes análises:
1º Uma pessoa no mundo de hoje sabe da probabilidade que se vier a ter um filho ou filha nesse mundo difícil eles podem vir a fazer coisas totalmente em desacordo com o que chamamos de correto, porém, mesmo assim a maioria das pessoas optam por ser pai ou mãe, isto implica necessariamente dizer que eles seriam culpado pelas desventuras dos seus descendentes? Talvez fosse até lógico evitar filhos, devido a situação dos pais, mas mesmo assim as pessoas continuam a se procriar. Então argumentou João, talvez Deus simplesmente não consiga ficar sem criar algo. Em outras palavras, Deus mesmo sabendo da potencial maldade necessita criar. E o mal talvez seja um subproduto dessa criação assim como o bem. O caminho do meio é bem postulado na Bíblia Cristã sendo conhecido na tradição Budista como a quarta nobre verdade. Este, de um modo sucinto, aponta o rumo àqueles que se propõem a dar seus primeiros passos em direção à sabedoria ou, pelo menos, ao alívio de seus conflitos. Assim sendo os opostos são o que são! Opostos. Mas quando somos pegos pela dúvida começa a luta travada em nossa mente, há uma tentativa de conciliação, tentamos reconciliar o irreconciliável. O Caminho do Meio é uma expressão que sugere evitar os caminhos extremos, cuidado, consideração aos dois lados da questão. A muito se discute a necessidade do caminho do meio no nosso cotidiano, como exemplo temos: a questão de não sermos extremamente bons e nem extremamente maus, o ponto certo de se esticar a corda de um violão ou a terceira via na economia mundial. Então devemos imaginar no momento crucial da criação do universo, Deus pesando na balança todos os prós e contra de tudo que fez. A conclusão lógica é que ele é responsável por tudo ao mesmo tempo que não é responsável por nada. Por isso ele criou opções. Quando o opositor do Deus da Bíblia escolheu seu caminho ele foi lançado para o subproduto da criação chamado de mal, porém, havia a opção do bem. Basta analisar todos os conflitos existentes e veremos algo em comum neles. Os interesses e desejos humanos que nos guiam para o quadro atual em que vivemos. A Física quântica detectou algo nesse sentido, na Física tradicional newtoniana ou Física Clássica, acreditava-se que se soubermos a posição inicial e o momento, massa e velocidade de todas as partículas de um sistema, seríamos capaz de calcular suas interações e prever como ele se comportaria. Isto parece correto, se soubermos descrever com precisão as interações entre essas partículas, mas parte de um pressuposto bastante forte: o de que de fato conhecemos a posição e o momento de todas as partículas, porém, segundo o princípio da incerteza, não se pode conhecer com precisão absoluta a posição ou o momento de uma partícula. Isto acontece porque para medir qualquer um desses valores acabamos alterando-os, e isto não é uma questão de medição, mas sim de física quântica e da natureza das partículas. A Revolução da Incerteza pode ter destronado o determinismo newtoniano e conquistado o pensamento científico moderno. Mas, assim como a revolução de Newton nomeou a matemática Euclidiana como regente do cosmos, as incertezas de Heisenberg nos levam a um universo regido pela matemática do caos com suas probabilidades e possibilidades infinitas, mostrando que quando começamos a pensar na busca do segredo do Universo como um caminho previsível, a ciência nos revela novos caminhos. 
O Gato de Schrödinger 
Quando falamos sobre o "gato de Schrödinger" estamos nos referindo a um paradoxo que aparece a partir de um célebre experimento imaginário proposto por Erwin Schrödinger em 1937, para ilustrar as diferenças entre interação e medida no campo da mecânica quântica.
O experimento mental consiste em imaginar um gato aprisionado dentro de uma caixa que contém um curioso e perigoso dispositivo. Esse dispositivo se constitui de uma ampola de frágil vidro, que contém um veneno muito volátil e um martelo suspenso sobre essa ampola de forma que, ao cair, essa se rompe, liberando o gás venenoso com o qual o gato morrerá. O martelo esta conectado a um mecanismo detetor de partículas alfa, que funciona assim: se nesse sensor chegar uma partícula alfa que seja, ele é ativado, o martelo é liberado, a ampola se parte, o gás escapa e o gato morre; pelo contrário, se nenhuma partícula chegar, nada ocorrerá e o gato continuará vivo. Quando todo o dispositivo estiver preparado, iniciamos o experimento. Ao lado do detetor colocamos um átomo radioativo que apresente a seguinte característica: ele tem 50% de probabilidade de emitir uma partícula alfa a cada hora. Evidentemente, ao cabo de uma hora só terá ocorrido um dos dois casos possíveis: o átomo emitiu uma partícula alfa ou não a emitiu, a probabilidade que ocorra um ou outro evento é a mesma. Como resultado da interação, no interior da caixa o gato estará vivo ou estará morto. Porém, isso não poderemos saber a menos que se abra a caixa para comprovar as hipóteses. Se tentarmos descrever o que ocorreu no interior da caixa, servindo-nos das leis da mecânica quântica, chegaremos a uma conclusão muito estranha. O gato viria descrito por uma função de onda extremamente complexa resultado da superposição de dois estados, combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados indistinguíveis! A única forma de averiguar o que 'realmente' aconteceu com o gato será realizar uma : abrir a caixa e olhar dentro. Em alguns casos encontraremos o gato vivo e em outros um gato morto. Por que isso? Ao realizar a medida, o observador interage com o sistema e o altera, rompendo a superposição dos dois estados, com o que o sistema decanta em um dos dois estados possíveis. O senso comum nos predispõe que o gato não pode estar vivo e morto. Mas a mecânica quântica afirma que, se ninguém olhar o interior da caixa, o gato se encontrará numa superposição dos dois estados possíveis: vivo e morto. Essa superposição de estados é uma consequência da natureza ondulatória da matéria, e sua aplicação à descrição mecânico quântico dos sistemas físicos é que permite explicar o comportamento das partículas elementares e dos átomos. A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou, inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger.
Para a física quântica, o animal pode estar vivo e morto ao mesmo tempo
1 - A caixa onde seria feita a hipotética experiência de Schrödinger contém um recipiente com material radiotivo e um contador Geiger, aparelho detector de radiação. Se esse material soltar partículas radioativas, o contador percebe sua presença e aciona um martelo, que, por sua vez, quebra um frasco de veneno.
2 - De acordo com as leis da física quântica, a radioatividade pode se manifestar em forma de ondas ou de partículas e uma partícula pode estar em dois lugares ao mesmo tempo! Na mesma fração de segundo, o frasco de veneno quebra e não quebra.
3 - O gato aparece vivo na hipótese a, porque, nessa versão da realidade, nada foi detectado pelo contador Geiger.
3' – O gato surge morto na hipótese b, pois nessa outra versão do mesmo instante de tempo o contador Geiger detectou uma partícula e acionou o martelo. O veneno do frasco partido matou o gato.
4 - Seguindo o raciocínio de Schrödinger, as duas realidades aconteceriam simultaneamente e o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo até que a caixa fosse aberta. A presença de um observador acabaria com dualidade e ele só poderia ver ou um gato vivo ou um gato morto.
As incertezas
Desde Newton até Einstein os físicos utilizam os números reais. Mas Para Gregory Chaitin, Matemático da IBM, os números reais são irreais, ele chegou a declarar que “Os físicos sabem que toda equação é uma mentira". Isto mostraria que a Matemática é ineficiente para entendermos o mundo? Não! Isso só demonstra que a nossa Matemática ou o nosso conhecimento dos fatos estão muito aquém do que necessitamos para desvendar os mistérios da natureza.
Baseado no descrito acima, o Deus descrito na Bíblia é culpado e não é culpado ao mesmo tempo, uma vez que fica claro que não temos conhecimento suficiente para chegar a um veredito, pelos seguintes motivos: Não sabemos como se deu a criação do Universo; não sabemos distinguir corretamente entre o bem e o mal; não sabemos quando começou o bem e o mal e se um dia irão se aniquilar; ambos seriam os opostos que movem o processo de criação, mas isso também não sabemos. Sendo assim todos são inocentes e culpados ao mesmo tempo por tudo o que ocorre no Universo e o resultado pode ser interpretado, não por todos, como bem ou mal. Na natureza observamos que até seres peçonhentos e extremamente venenosos podem ser úteis.
2° O culpado da queda do cego, nessa parte proposta pelo nosso filosofo recairemos no mesmo problema descrito anteriormente. Assim, João Quantum, propôs a seguinte estória para o brilhante filosofo: O cego em questão sempre aguarda um garoto, para evitar acidente, esse o conduz pelas ruas da cidade, porém neste dia o rapaz chegou atrasado. Logo o rapaz seria o culpado imediato do nosso bom ceguinho ter caído no buraco, mas o cego tinha consciência dos perigos de andar pelas ruas sem o seu guia, mesmo assim preferiu correr o risco e saiu sozinho, logo o cego seria o principal responsável pela sua queda. Nem tanto, o garoto que fazia a condução do cego, ficou detido por um engarrafamento provocado por um acidente de carro que interditou a rua por onde a sua condução teria que passar, o fato é que há muito tempo, moradores as proximidades do cruzamento onde ocorreu o acidente de carro, reclamam com a prefeitura a necessidade de se colocar um semáforo naquele ponto, mas até agora o a secretaria de transito não atendeu esse pedido. Eles fizeram até abaixo assinado e entregaram diretamente ao secretário de transito, um homem de confiança do prefeito, o prefeito por sua vez vem sendo criticado inclusive por ter deixado em estado de abandono a principal praça da cidade, onde o nosso ceguinho faz suas caminhadas diárias, inclusive o buraco que o cego caiu já está lá a semanas. então o prefeito é o culpado da queda do ceguinho. Só que o prefeito foi eleito com o percentual de 75% dos votos pela população da cidade em questão, então todos seriam culpados? Voltando para a pessoa que viu o cego dirigindo-se para o buraco e não impediu mas não o fez, neste caso também não podemos acusá-la! Somente a consciência desta pessoa pode julgá-la tornando portanto, impossível definir um único culpado pelo fato ocorrido. Vale notar que o acontecimento final teria sido evitado desde que pelo um dos envolvidos fizesse o que deveriam fazer. Como pode ser observado a pessoa que poderia ter avisado o cego seria somente a ponta do iceberg, ela até pode ser apontado como culpada do acontecimento, mas fica claro que não seria o único, pois a todos, inclusive o nosso teimoso cego, foi dada a opção de mudar o quadro final.
Ao ouvir as colocações de João Quantum, o inteligentíssimo filosofo indignou-se e encerrou a discussão, afinal aquilo era demais para ele. Este optou por continuar no seu pensamento linear, este sim o deixa feliz. Quanto ao crente continuou na sua crença, o estudante de exatas foi taxado como louco por ambos. Mas será que o estudante está errado?
O estudante saiu pensando, e se falasse da possibilidade de existência ou não de Deus. Teríamos outro problema pois Deus pode existir e ao mesmo tempo não existir, sendo este fato indiferente para a Ciência. Sim, Deus ou deuses é uma questão de fé, a Ciência não! Imagine se só existisse a religião, como poderíamos curar certos religiosos, isso seria deveras complicado, não é preciso ser gênio para perceber que é difícil a conciliação entre as diversas religiões existentes na civilização humana, uma diz para não aceitar transfusão sanguínea, outra proíbe o trabalho aos sábados, outra diz que é a única correta. É! Seria muito complicado, para não dizer impossível. Talvez por isso tenha surgido a Ciência, para nos separar das crendices e suposições colocando ao alcance todos, desde que queiram, ferramentas como: a Matemática, a Física, a Química, a Biologia, a Medicina, o Saneamento Básico, a Eletricidade e Engenharia, entre outras muitas coisas fornecida pelo conhecimento humano. Então João Quantum, respirou aliviado e balbuciou dizendo: "Ainda bem que existe a Ciência".
Fontes:
Será que Deus Joga Dados – uma nova matemática do Caos – Ian Stewart
Tempo & Espaço as Dimensões Gêmeas – Mc Graw- Hill
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA14.asp
http://www.fisica.net/quantica/resumo_de_conceitos_da_mecanica_quantica.pdf



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