Georg Ernst Stahl nasceu em Anspach, Bavária a 21 de Outubro
de 1660, filho de um pastor protestante. Ao longo da sua vida Stahl publicou
vários tratados e artigos tanto sobre química como sobre medicina. No entanto o
que o tornou famoso foi a formulação da teoria do flogisto e a defesa da teoria
do animismo, antepassada da teoria do vitalismo (em medicina). Crédito: Curso de Quimica da UP-Niassa
Sempre fui cético sobre as
teorias ditas religiosas sobre a origem do Universo, porém, após ler as mais
diversas teorias sobre a criação da matéria descobri trechos instigantes quanto
à precisão lá descrita. Outro ponto importante é sobre a existência de uma
enorme diferença entre a criação do Universo, o nosso mundo e o homem. Tanto a
Bíblia como a Ciência concorda (será?) sobre os períodos diferenciados de tais
ocorrências no diário de bordo do Universo.
Em quase todas as teorias
religiosas em se tratando do “princípio” existe um ponto em comum, a existência
de Deus, deuses ou divindades, a exceção é o Budismo isso me chamou muita
atenção, pois no budismo não há um deus criador, a religião não se inicia no
começo dos tempos, mas com o despertar de Buda. O universo tal como é simplesmente
sempre foi assim "desde o tempo sem início". O que pode ser verdade
baseado no conhecimento atual e foi analisado na postagem “Como é o Universo 2”
terminando com a seguinte reflexão “Mas talvez... O Universo seja somente o que
é, e nós... uma manifestação dele tentando se autoexplicar....” sim este ponto
de vista é realmente intrigante e parece mais coerente com as observações
científicas. Esta opinião ocorre também na Teosofia onde se explica que o cosmo é emanado de um princípio que
é chamado de Parabrahman, e
que não é o deus criador das religiões monoteístas. Esta manifestação do cosmo
ocorre de forma periódica, em um ciclo eterno, sem início nem fim. Realmente
tais afirmações “podem” ser cientificamente corretas.
Na Bíblia Cristã existem as
seguintes passagens (tradução na linguagem de hoje):
A fé é a certeza de que vamos
receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos
ver. (Hb 11-1);
É pela fé que entendemos que o
Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi
feito daquilo que não se vê. (Hb 11-3)
Eu sei que tudo o que Deus faz
dura para sempre; não podemos acrescentar nada, nem tirar nada. E uma coisa que
Deus faz é levar as pessoas a temê-lo. (Ec 3-14).
Tudo o que acontece ou que pode
acontecer já aconteceu antes. Deus faz com que uma coisa que acontece torne a
acontecer. (Ec 3-15).
Realmente é difícil de negar a
semelhança com as observações da Ciência moderna.
Sei que em todos os livros ditos
religiosos há também uma grande gama de inconsistências, ou com descrições
inusitadas de difícil compreensão, mas em particular estas, tanto do Budismo
como da Bíblia, sempre me deixaram intrigado desde a época da faculdade. Daí o
desejo de externa-las.
Em uma análise mais lógica
cheguei à conclusão que sempre existiram lampejos de ideias e apesar dos erros
tal fato foi determinante no desenvolvimento do conhecimento humano, hoje temos
condições de julgar afirmações não só dos religiosos como da própria Ciência, sim
a Ciência também cometeu erros, por isso acredito que qualquer julgamento
condenando os livros ditos sagrados seria errônea. Seria ilógico dizer que isto
ou aquilo esta de todo errado pelo motivo de errar uma parte, foi assim com a teoria do flogisto elaborada por
Georg Ernst Stahl em 1723 refutada por Antoine Lavoisier, mas vale observar que
mesmo não sendo completamente correta resultou em conclusões extremamente
importante para o entendimento de processos biológicos como a fermentação,
respiração e putrefação. Exalta-se assim a máxima de que as possíveis falhas
refutadas de uma teoria podem contribuir para o progresso científico como um
todo (postagem de 17/01/12). É fato, porém que como tudo feito pelo ser humano,
os livros sagrados contêm erros, outro fato importante é deixar cada um com sua
opinião e respeitar as variadas ideias na religião. Já na Ciência deve-se
continuar com a análise de evidências usando o raciocínio lógico em busca da
verdade. Em outras palavras cada uma no seu quadrado.
Eu sei que tudo o que Deus faz
dura para sempre; não podemos acrescentar nada, nem tirar nada. - Bíblia Cristã.
Na natureza nada se cria nada se
perde tudo se transforma. - Antoine Lavoisier.
"Não há razão para se supor que o mundo tenha tido um
início. A idéia de que as coisas devam ter um começo é realmente algo devido à
pobreza de nossos pensamentos” - Bertrand Russel.
Fontes:
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