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A Eco-Economia é possível?

"Duas décadas após a Eco-92, Rio+20 não produziu respostas às principais questões modernas." - BBC Brasil.
Bem estamos no auge de mais uma crise econômica, que graças à globalização, atingiu proporção mundial. Resultado? No dia a dia observamos “especialistas” criticando medidas adotadas pelo governo brasileiro. Tais “especialistas”, agora quase unanimes, criticam esta ou aquela solução proposta pela equipe econômica. Será que o capitalismo terá o mesmo fim do socialismo? Como um bom curioso, acho que a política do livre mercado provou não ser a mais acertada, tanto como o socialismo? Não sei, o fato é que a crise provou que tal pensamento é inviável pelo simples fato de estarmos lidando com seres humanos sujeitos a ganância, sede de poder e interesses particulares ou de grupos. Tanto o capitalismo como o socialismo prejudicaram o meio ambiente resultando na atual crise ambiental a ponto do ecologista Herman Dalytecer tecer o seguinte comentário “Pela primeira vez na história do planeta, uma espécie (Homo sapiens) agindo coletivamente através de dois modos de produção (capitalismo e socialismo) foi capaz de gerar uma crise ambiental de dimensões planetárias" é dele também a autoria do termo denominado de "Pé Invisível". Neste ponto surge a ideia da Economia Solidária, essa  tem seus pilares na globalização humanizadora e desenvolvimento sustentável ou um relacionamento econômico socialmente justo voltado para a satisfação racional das necessidades de cada um e de todos os cidadãos da Terra buscando um caminho multigeracional de desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.
A pergunta que surge imediatamente na minha mente é: Será que tem como compatibilizar a natureza com o mercado? Seria tal proposta possível? Seria possível tornar verdade a mensagem passada no filme “Jornada nas Estrelas – O primeiro contato”, onde a humanidade teria se unido em prol de todos? A resposta é bem simples, tem que haver um meio! Sim o tempo está se esgotando a necessidade de mudanças é inevitável! Temos que substituir o sistema econômico eco-destrutivo por um eco-construtivo.
Como sempre, acredito que a educação seria o caminho mais lógico para se começar as mudanças, então teremos que criar um modelo educativo que conscientize as futuras gerações da importância do trabalho pelo bem comum de todos, é obvio que a luta com o nosso ego será constante, tenho consciência também que a mudança será contra a natureza de muitos para não dizer da maioria, mas como estamos em cheque, não há alternativa a não ser uma mudança drástica de pensamento. Através da educação pode-se conscientizar aqueles que se veem rodeados pela crise, mas não conseguem enxergar este fato evitando assim que seja tarde demais para se fazer alguma coisa. No último dia da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a todos os governos que eliminem a fome do mundo. Ele disse que, "Em um mundo populoso, ninguém deveria passar fome". Alias o governo é um ente que necessita ter o seu poder e influencia reduzidos objetivando, se possível, aniquilar a corrupção. Acho que para conseguirmos tais mudança deve haver uma união entre pessoa jurídica e pessoa física devendo, portanto diminuir o "estado" isso talvez possibilite uma gestão mais eficiente dos recursos, que devem ser administrados por pessoas ou equipes de pessoas mais capazes, eleitas pela maioria mas com fiscalização na gestão, isso também é muito difícil de ser feito. Esta semana tive o desprazer de ver alguns “especialistas” zombando da nossa presidente pelo fato dela ter dito que o PIB não o único indicador para se medir o desenvolvimento de uma nação, eu como leigo concordo com a nossa presidente pelo fato de que ao olhar para o passado veem-se nações antes eleitas como exemplo e com um "PIB" exemplar, hoje amargando uma situação difícil.
Enfim, depois de anos de “experimentos econômicos” sobrou para nossa geração achar uma solução para evitar o pior, sei que as mudanças são muito complicadas de se efetuar, vai desde um aluno que espanca o professor em sala de aula a empresas que objetivando apenas o lucro poluem o meio ambiente, demitem em massa tudo em nome da necessidade de realizar ganhos. Estes casos citados e muitos outros estão interligados, mas tem sua base na falta de educação e compromisso com o todo. O objetivo agora é a formação de cidadãos e empresas conscientes dos seus deveres para com o meio ambiente, em outras palavras todos buscando lucro sim, mas comum a todos os seres viventes desse planeta, o lucro sustentável...
- A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Esta definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

"A exploração de recursos naturais é tão intensa que não podemos mais fingir que vivemos em um ecossistema ilimitado. Desenvolver uma economia sustentável em uma biosfera finita exige novas maneiras de pensar." – Scientific American Brasil - edição 41 - Outubro 2005


"Quando a última árvore for cortada, quando o último peixe for pescado, quando o último rio for poluído, Aí sim eles verão que dinheiro não se come." - Cacique Seattle

Mas ainda há tempo para mudar... mas até quando? - Ciência e Lógica


"O melhor governo é aquele que não governa"; e quando os homens estiverem preparados para isso, este será o tipo de governo que terão." - Desconhecido


"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." - Nelson Mandela
Fontes:
Rio+20

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