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O presente é o passado?

Imagem do site Deduções Lógicas
Se a velocidade da luz é o limite então vivemos em um eterno passado não existindo o presente pelo menos do ponto de vista instantâneo. Sim pois até em um conversa entre duas pessoas próximas existiria um retardo de informação devido a velocidade do som e a velocidade da luz. Então as imagens que vemos do céu de milhões de ano luz não são confiáveis pois o que observamos não passa de um passado longínquo do universo. Logo quanto mais distante vemos um objeto, mais no passado estamos em relação a ele. Se ocorrer uma explosão no Sol agora só a veremos daqui 8 minutos. Esta afirmação baseá-se no limite imposto pela velocidade da luz, mas se o Sol deixasse de existir agora a terra só perceberia tal fato depois de 8 minutos? A atração gravitacional manteria nossa órbita por 8 minutos mesmo ele não existindo mais? Sim, pois segundo a Teoria Relatividade nem uma informação pode ser transmitida a velocidade superior a da luz no vácuo. Supondo existir uma uniformidade na Natureza, vamos pensar nas ideia de causa e casualidade, tal princípio é um esforço humano de dar sentido aos fenômenos observáveis e utilizado em toda área do conhecimento humano, um exemplo claro é o método utilizado para desvendar a morte de um indivíduo, o fato: ele está morto, então temos que desvendar a causa da morte, certo? Alias a morte é a única verdade absoluta sobre a vida. Isto faz parte da nosso senso comum, assim como o sol. A casualidade, ou relação de causa e efeito é o elo de ligação correlacionando eventos ou fenômenos diferentes, logo um só ira existir com a comprovação da existência do outro. Conclusivamente, os elementos que participam de fenômenos estão subordinados a certas relações recíprocas, sujeitos as leis Naturais reais. Conforme falado acima, a uniformidade induz a um comportamento regular na natureza, obedecendo leis e princípio rígidos, sendo válido para certos sistemas em certas condições, exibindo um quadro aparentemente previsível onde obtém-se nas mesmas condições, resultados semelhantes. Como o fenômeno da Mecânica celeste faz parte da macrofísica, tratando-se de uma realidade concreta, este obedece ao modelo ideal simples ou a causalidade estrita. Então temos aqui uma inconsistência nos continuaríamos a orbitar o sol mesmo ele não existindo mais, por oito minutos!? Acredito que não! Para dirimir tal inconsistência somente supondo duas hipótese:
I – O efeito Cristina é verdadeiro:
O efeito Cristina ou a instantaneidade da luz nos proporciona a mágica de enxergarmos todo o nosso Universo Visível nas posições reais em que os seus astros ocupam no momento em que os observamos, como se os fótons tivessem a capacidade de se mover de maneira instantânea.
Consequentemente o efeito Daniel também é verdadeiro: O efeito Daniel é a propriedade da luz que permite que um fóton seja visto ao mesmo tempo por observadores diferentes com velocidades e trajetórias diferentes, de acordo com a verdade de cada um, mostrando também que a luz funciona como se tivesse a capacidade de ser transmitida de uma maneira instantânea (entrelaçamento ou teletransporte quântico?).
II – A velocidade da luz não é o limite: Considerado como uma constante pela Teoria da Relatividade, mas para resolvermos esta inconsistência tal velocidade não pode ser constante, na verdade em alguns experimentos, que aguardam comprovação, já foi detectado velocidades superiores a da luz inclusive pelo CERN.
Baseado nos itens I e II resolveríamos esta inconsistência, pois tendo cessado a causa, a atração gravitacional do Sol, o efeito deixaria instantaneamente de existir e o nosso planeta vagaria pelo espaço. Lembrando da outra inconsistência citada no início deste texto a de sempre estarmos no passado, sim pois baseado na velocidade da luz constante teríamos passado e presente convivendo simultaneamente este dilema é também resolvido pelos itens I e II.
Analisando
Immanuek Kant na obra “A Crítica da Razão Pura”, o filósofo alemão tinha um problema a ser resolvido então ele questionou: “como posso obter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo?”.
David Hume demonstra que não podemos ter certeza de nenhuma teoria a respeito da realidade. A critica do princípio de causalidade de Hume é famosa. Kant a aceitou. Hume conclui “A natureza sobrepõe-se à razão. Ser filósofo, na consequência final, é renunciar ao racionalismo. O princípo causal tem origem na experiência. Temos a mente formatada pelo costume e experiência. Aceitamos uma coisa como natural, mas se fosse de outra maneira, aceitaríamos da mesma forma, como por exemplo controlar a força que dá vida e faz com que cada ser perceba de um jeito. Se isso fosse natural, todos aceitariam como lei da natureza. As leis da natureza surgem assim.” Para Hume quando refletimos sobre nossas experiências passadas, nosso pensamento atua como um espelho fiel e copia corretamente os objetos, no entanto, as percepções originais sempre serão as mais fortes. Assim quando um evento provoca outro evento, não há necessariamente uma conexão entre eles. Hume negou que possamos fazer qualquer ideia de causalidade, mas, o que acontece é que quando vemos que dois eventos sempre ocorrem conjuntamente, tendemos a criar uma expectativa de que quando o primeiro ocorre, o segundo também ocorrerá. Ele, porém, admite que há um princípio de conexão entre os diversos pensamentos ou ideias da mente, e que ao surgirem à memória ou à imaginação, eles se introduzem uns aos outros com um certo grau de regularidade. No entanto, o conhecimento acontece somente quando conseguimos, de alguma maneira, associar estas ideias. Então o conhecimento está limitado à experiência. concluindo: “Uma produção sem um desígnio assemelhar-se-ia mais aos delírios de um louco que aos sóbrios esforços do gênio e da sabedoria.”
A Física Quântica apoiaria Hume no mundo microscópico, porém, a Física Clássica continua firme e forte para o “mundo real”. O paradigma da Escola de Copenhaga ou borheano, ou ortodoxo, nega a existência de uma Realidade objetiva. A Realidade passa a depender do observador sendo mesmo, em certo sentido, criada por ele próprio. Apesar da grande oposição de muitos físicos importantes, que sempre acreditaram na existência de uma Realidade objetiva e independente do observador, a proposta indeterminista de Bohr permaneceu a única devidamente estruturada e coerente até há bem pouco tempo. Note-se que ao meu ver a casualidade não será eliminada uma vez que a causa da nova realidade criada seria o efeito dos desejos e pensamentos do observador, passando a ser realidade objetiva dele. Presentemente, devido sobretudo à rotura com a ontologia de Fourier, A análise de Fourier é uma técnica matemática usada para descrever ondas harmônicas. Ao ser usada para explicar o comportamento das partículas elementares, ela trouxe como resultado a ideia de que as ondas são infinitas no espaço e no tempo, sendo, portanto, impossível determinar sua origem ou prever o seu fim. Mas, as ondas físicas reais são finitas, mesmo as micro partículas. Assim, nos anos 80, surgiu uma nova ferramenta matemática para explicar os fenômenos das ondas e que poderiam ser aplicadas às particulas elementares na física quântica. O geofísico Jean Morlet, empenhado em prever com maior eficácia a localização de jazidas de petróleo, desenvolveu um processo chamado mais tarde de análise local em onduletas ou ondas finitas. Esta análise permite aceitar como natural que um impulso finito, uma onda física real, pode ter, na verdade, uma frequência e, portanto, uma energia bem definida. Sendo assim no elemento fundamental onde se apoia a física borheana e à introdução da análise local em onduletas, é possível ultrapassar o indeterminismo quântico e recuperar a causalidade. A nova Física Quântica não linear, sendo mais geral, engloba, do ponto de vista formal, a teoria ortodoxa, que passa a ser vista como um simples caso particular. Além disso, tem a virtude de abrir novos horizontes e de permitir recuperar a causalidade. Torna-se assim possível libertar o espaço e o tempo e aceitar a existência de uma objetiva Realidade independente do observador.
Uma comparação entre a Relatividade Restrita e Relatividade Lógica
  • Na Relatividade Restrita temos: As leis da física são as mesmas para observadores em todos os referenciais inerciais. Não existe referencial privilegiado. E a velocidade da luz no vácuo é a mesma em todos os referenciais inerciais.
  • Na Relatividade Lógica temos: As leis da física obedecem à verdade relativa ao referencial de cada observador. O observador no referencial do espaço absoluto é privilegiado, sendo o único que está realmente parado e vê todos os movimentos através de sua verdade absoluta. O observador em qualquer outro referencial está em movimento, mas na sua verdade relativa, considera-se em repouso. Assim os movimentos que ele vê são relativos. E a velocidade da luz sofre a influência dos movimentos de sua fonte e dos seus receptores, de acordo com a verdade relativa ao referencial do observador em relação à fonte da luz.
Considerações
Qual das duas estariam mais condizentes com a realidade Baseado na Matemática Clássica, Matemática do Caos, os Fractais e a Física Moderna? Acredito que ainda temos um caminho longo a percorrer mas certamente a Ciência encontrará solução, principalmente para as viagens interestelares pois, é certo que o nosso planeta não ira sustentar a espécie humana para sempre.
Como implicação dos itens I e II, pode-se concluir que talvez a ideia do tempo-espaço simplesmente não exista, e talvez tal percepção seja uma realidade criada pelas nossas experiências aqui na terra onde dependemos tanto do "tempo" para percorrer um determinado "espaço", não implicando necessariamente que toda a natureza siga este padrão, o nosso caso pode ser uma particularidade local ligada a nossa realidade. Acredito que estamos  no limiar de uma mudança no paradigma do entendimento da Natureza. Afinal, um estudo publicado na revista Physical Review Letters, afirma que as leis da natureza podem variar ao longo do Universo. Já a revista Nature não publicou, apenas comentou um artigo, onde físicos ingleses defendem a ideia de que a função de onda, a descrição matemática de uma onda, que determina as probabilidades de que as partículas quânticas tenham determinadas propriedades é fisicamente real, e não uma probabilidade estatística. O Professor Antony alentini, da Universidade Clemson, que não faz parte do trio que está defendendo esta ideia afirma que este resultado pode ser o teorema geral, relacionado à mecânica quântica, mais importante desde o teorema de Bell. Em 1964, o irlandês John Stewart Bell demonstrou que, se a mecânica quântica descrevia entidades reais, então ela teria que incluir a misteriosa ação à distância. Agora, um novo teorema mostra que, se a função de onda quântica for meramente uma ferramenta estatística, então mesmo os estados quânticos que não estão conectados através do espaço e do tempo, por meio do entrelaçamento quântico, deveriam ser capazes de se comunicar uns com os outros. Como isso parece ser altamente improvável, Matthew Pusey, Terry Rudolph (Imperial College) e Jonathan Barrett (Universidade de Londres) concluíram que a função de onda não é algo meramente formal, mas um aspecto concreto da realidade. Estamos portanto em um paradoxo sobre o que é a realidade. Mas tenho certeza que os cientistas chegarão a uma conclusão sobre estes assuntos. 
Reflexão sobre o observador privilegiado...
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.” (Eclesiastes 3:14-15, da Bíblia Cristã). 
O amanhã é ontem? Estranho né?...

Fontes:

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