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Evidências para o Princípio Fundamental da Vida


Principio fundamental da Vida
Conforme este princípio “a vida está latente em todo o universo aguardando condições propícias para se desenvolver” não sendo um fenômeno exclusivo do planeta Terra. Atualmente acredito ainda que seja a vida mais uma forma de aproveitamento e transformação de energia, com uma “configuração” diferente da matéria inanimada, porém, não podemos afirmar que seja mais complexa e sim menos presente baseando-se no conhecimento atual, afinal não conhecemos toda a real estrutura formadora da matéria. Assim a vida seria mais uma forma da entropia criar ordem.  A exobiologia é uma ciência relativamente nova, ou seja, trata-se de um ramo da biologia que estuda as condições para à manutenção da vida fora do planeta Terra. A detecção de moléculas orgânicas (Base de Carbono) extraterrestre pela espectroscopia na luz visível, no ultravioleta (UV), no infravermelho (IV) e rádio. O espectroscópio, analisa através das cores a luz emitida, este para um astrônomo ou exobiólogo é como o microscópio para um biólogo; no final da década de 60 foi descoberta a amônia (NH3) pela radioastronomia e que as nuvens nos meios interestelares com hidrogênio (H), hélio (He), carbono (C), oxigênio (O), nitrogênio (N) e outros formam varias moléculas orgânicas complexas. Por exemplo, o HCOOH (ácido fórmico) e a H2CHN (metanímica) descobertos pela radioastronomia combinados formam a glicina(NH2CH2COOH), aminoácido essencial para a vida estes pois está presente nas proteínas foi detectado em uma nuvem interestelar na direção da constelação de Sagitário. Tal descoberta é importante por ampliar o conhecimento a respeito de como as estrelas se formaram e formam os elementos pesados oxigênio, carbono e ferro para posteriormente liberar pelo Universo, este processo tornou possível o desenvolvimento da vida. "A poeira em torno das estrelas emite um sinal muito forte na frequência da radiação infravermelha. Com ajuda da espectrografia do Spitzer, pudemos determinar se o material que a estrela devolve ao meio interestelar é rico em carbono ou oxigénio", disse Pedro García-Lario, do Centro de Astronomia Espacial da Agência Espacial Européia. Os pesquisadores analisaram as luzes emitidas por 40 nebulosas planetárias, espécie de bolha de poeira e gás que envolve estrelas. Foram estudadas 26 nebulosas no centro e 14 em outras partes da Via Láctea. O grupo encontrou sinais de grande quantidade de silicatos cristalinos e de hidrocarbonetos, ou seja, duas substâncias que indicam a presença de oxigênio e carbono. Análise de alguns meteoritos carbonáceos revelou a presença de aminoácidos, como por exemplo, o meteorito Murchison (J.Cronin- Univ. Arizona) onde foi detectado 74 diferentes aminoácidos e dezenas de outros compostos orgânicos, revelando que há mais diversidade orgânica de aminoácidos em meteoritos do que na própria vida na Terra.Outro dado interessante é a detecção de HCN (ácido cianídrico) e de H2O (água) na nebulosa de Órion (Berçário de estrelas); em algumas nuvens interestelares foram identificadas moléculas mais complexas como C2H50H (álcool etílico). A espectroscopia ainda revelou radicais e moléculas orgânicas e água nos cometas, que seriam os "fecundadores” espaciais. Finalmente cientistas conseguiram identificar uma das moléculas orgânicas mais complexas já encontradas no meio interestelar o antraceno, este foi identificado no espaço profundo e pode ajudar a resolver um mistério astrofísico que desafia os cientistas há décadas; como as moléculas orgânicas podem surgir no espaço. O antraceno é uma molécula formada por três anéis hexagonais de carbono, circundados por átomos de hidrogênio. A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas do Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Baseado no exposto é plausível a ideia de que a vida seria “mais uma forma de energia” utilizada pelo universo em busca de soluções para sua configuração.
Auto-Organização e Complexidade
Atualmente este princípio possui grande aplicabilidade sendo utilizado em diversos campos da ciência. Essencialmente, a auto-organização refere-se a processos e formação de padrões em sistemas que vão da Física à Biologia. Sendo assim aquilo que define se um sistema é auto-organizado é a forma como este adquire ordem e estrutura. Nestes sistemas a formação do padrão ocorre através de interações internas ao sistema sem a intervenção de diretivas exteriores. Os seres vivos aqui da Terra são constituídos, principalmente, por átomos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Estes átomos, combinados entre si, formam a base das moléculas biológicas. A água é a substância mais abundante na composição química de um ser vivo. No ser vivo as moléculas desempenham função estrutural e ou funcional. Os açúcares, proteínas, lipídeos, enzimas, hormônios são fontes de energia, codificam, leem, interpretam e executam mensagens. Toda forma de vida atual, com exceção dos vírus que usa estratégias interessantes para sobreviver e se perpetuar, são baseados em células contendo pequenos pacotes de compostos químicos envoltos por membranas. Sabemos que a automontagem molecular é onipresente na natureza, tal princípio já é utilizado largamente na indústria da síntese química, nanotecnologia, engenharia e ciência de polímeros e materiais. Os sistemas de automontagem molecular estão na interface entre a biologia molecular, a química, a ciência de polímeros, a ciência de materiais e a engenharia. Supondo que as formas primitivas de vida assim como todo o universo, tinham ou tem interação específica entre os próprios componentes. Isto pode ser intuído baseando-se na observação do comportamento de uma complexa mistura de materiais inorgânicos no interior de um plasma onde se acreditava não haver nenhuma organização na nuvem de partículas mas a equipe do Dr. V.N. Tsytovich, da Academia de Ciências de Moscou na Rússia, descobriu que essas partículas passam por processo de auto-organização formando fitas microscópicas de partículas sólidas que se torcem, assumindo o formato de um parafuso, formando uma estrutura helicoidal. Essas fitas helicoidais são naturalmente eletronicamente carregadas, o que faz com que se atraiam mutuamente. Mais do que  simplesmente se grudarem, essa espécie de DNA inorgânico pode se dividir ou bifurcar para formar duas cópias da estrutura original. Tal fenômeno que só era observado em moléculas biológicas foi então encontrado em uma estrutura “aleatória”. Tal evidência nos induz a pensar que não só a vida, mas todo o universo pode ter o mesmo princípio. Essas estruturas semelhantemente a vida se auto-organizam são autônomas e se reproduzem. Sabe-se que o plasma não se forma apenas em condições especiais de laboratório e está presente em inúmeras estruturas no espaço exterior e particularmente na Terra, no ponto em que os relâmpagos atingem o solo.
Conclusão
Pelo exposto acredito que as evidências corroboram com o princípio auto-organizado do universo e da vida, fica interessante intuir que em condições propícias a vida simplesmente surgiu e depois de um determinado tempo atingiu o ápice na explosão cambriana, evento na história da vida registrado em fósseis depositados em análise de aproximadamente 550 milhões de anos. Atualmente a vida está em outro estágio, mas com certeza não será sempre assim, afinal o universo parece ter tempo infinito para modificar condições, fazer experimentações e definir as novas estruturas formadoras dele. Sabemos que assim como subitamente houve uma explosão na biodiversidade no planeta no cambriano a maioria destes seres vivos não deixaram descendentes, tinham formas bastante diversas das encontradas nos seres vivos que compõe a Terra atual.
Fonte em diversas postagens:
http://ciencia-logika.blogspot.com.br/

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